Copabase recebe Projeto "Redes pela Conservação" e reafirma protagonismo na defesa do cerrado

O projeto Redes pela Conservação está ganhando força e, recentemente, esteve em Arinos (MG), reforçando a importância das comunidades locais na proteção de nossos biomas. Com uma abrangência que alcança o Cerrado, Pantanal, Caatinga, Mata Atlântica e Pampa, essa iniciativa, ainda em fase de elaboração, já começa a criar raízes sólidas nos territórios, e a Copabase teve o privilégio de ser parte fundamental dessa jornada.

Na última sexta-feira, 25 de julho, Arinos foi palco de uma significativa visita técnica que reuniu representantes de peso: o Governo Alemão, Cáritas Alemanha, Rede Cerrado, Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA), Rede Ecovida, Central do Cerrado, Funatura e PNUD. O objetivo era claro: conhecer de perto as experiências que demonstram como as comunidades do Cerrado, por meio da sociobiodiversidade, promovem a conservação do bioma, ao mesmo tempo em que geram trabalho, renda e dignidade.

A jornada de imersão começou com uma recepção calorosa na comunidade do Borá, em Arinos. O "café sertanejo" preparado com os deliciosos frutos do Cerrado foi mais do que uma refeição; foi uma demonstração vibrante da riqueza cultural e da biodiversidade local, revelando o cuidado e o apreço pelo que a natureza oferece. A visita seguiu para a casa de Dona Maria, um exemplo inspirador de manejo sustentável por meio de quintais agroflorestais. Para o grupo de visitantes, foi emocionante constatar que, com práticas simples e respeitosas, é possível manter o Cerrado de pé e garantir o sustento das famílias.

De volta à cidade, o grupo conheceu a Central Veredas, um espaço que pulsa com a força da economia solidária. Lá, os modos de vida locais são respeitados e potencializados, com um destaque especial para o protagonismo feminino, que impulsiona a produção e comercialização de produtos que carregam a identidade do território.

O encerramento da visita técnica reservou um momento inspirador na Copabase. Nossa cooperativa, que reúne comunidades tradicionais em torno de cadeias produtivas sustentáveis, pôde apresentar de perto como a sociobiodiversidade é uma ferramenta poderosa não apenas para gerar renda e dignidade, mas também para atuar ativamente na conservação do Cerrado. Nossa atuação reforça que a proteção ambiental e o desenvolvimento socioeconômico caminham juntos.

Cada parada dessa visita foi um lembrete contundente: não existe conservação ambiental sem a valorização das comunidades e seus saberes ancestrais, sem dignidade socioeconômica e sem um combate incessante ao desmatamento. O projeto Redes pela Conservação entende profundamente que proteger os biomas brasileiros é proteger o futuro do nosso país e do planeta. É um movimento que busca reunir tradição, inovação e harmonia com a natureza.